A Petrobras quer implantar no Brasil um projeto inédito de captura e armazenamento de gás carbônico no oceano.
A ideia é que esses gases poluentes sejam escoados das instalações industriais até um reservatório permanente abaixo do leito marinho. Com isso, a empresa pretende reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Mas o projeto, que está sendo desenvolvido em parceria com outras empresas, pode ser aplicado também por setores como indústria de cimento e as siderúrgicas.
A novidade foi apresentada por um gerente da estatal em uma conferência em Houston nos Estados Unidos. A companhia antecipou também que já começou os estudos para um um projeto-piloto de captura de carbono, em Macaé, no Norte do Rio de Janeiro. O gas poluente será encaminhado a um reservatório com capacidade de armazenar 100 mil toneladas por ano.
A Petrobras já é líder mundial em captura, uso e armazenamento geológico de gás carbônico, devido à reinjeção do gás carbônico nos campos do pré-sal. Após a retirada do óleo bruto e do gás natural, o CO2 resultante é reintroduzido nas jazidas pelas próprias plataformas marítimas. No ano passado, a empresa alcançou um recorde de 10,6 milhões de toneladas de gás carbônico reinjetadas.