Desmatamento da Amazônia cai 36%, nos primeiros meses do ano

O desmatamento na Amazônia teve queda de 36% nos primeiros 4 meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022.  Apesar da redução, a devastação desse quadrimestre continua a ser a terceira maior dos últimos 16 anos. 

A destruição da floresta chegou a mais de 1200 quilômetros quadrados, ficando atrás apenas dos anos de 2021 e 2022, quando houve aumento expressivo do desmatamento na região.

O monitoramento por satélites do Imazon, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, registrou que, apenas em abril, a queda nas derrubadas chegou a 72%, passando de quase 1200 quilômetros quadrados em 2022, para 336 quilômetros quadrados em 2023. 

Segundo a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, alguns fatores podem ter influenciado na redução do desmatamento, como a retomada da pauta ambiental, a valorização dos recursos naturais e as medidas de combate e controle do desmatamento anunciadas, neste ano, pelo governo.

Apesar da queda no desmatamento, Roraima e Tocantins apresentaram alta. A situação mais crítica ocorreu em Roraima, onde a devastação passou de 63 km², de janeiro a abril de 2022, para 107 km, no mesmo período deste ano, registrou uma alta de 73%.

De acordo com o Imazon, a destruição das florestas tem afetado terras indígenas, como a Yanomami e a Manoá/Pium, e assentamentos roraimenses, como o Paredão, o Caxias e o Taboca. 

Além disso, Mato Grosso, Amazonas e Pará seguem como os estados com as maiores áreas derrubadas na Amazônia. Juntos, foram responsáveis por 77% de floresta destruída nos primeiros quatro meses de 2023.