A Petrobras diz que preparou o maior plano de resposta a emergências. Já o Ibama diz que não é possível ter certeza de que, em caso de vazamento, o óleo não chegue à costa. A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados debateu, nesta quarta-feira (31), a exploração de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas, na região chamada Margem Equatorial.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, lembrou que a Margem Equatorial já teve outros processos autorizados e negados. No caso da foz do Amazonas, ele disse que a decisão foi técnica e apontou problemas como o acesso remoto à região; e o plano de proteção à fauna da Petrobras.
Agostinho ressaltou o risco de acidentes, já que é a região do mar do Caribe, onde há fortes correntes marítimas, tempestades e furacões.
Já a Petrobras diz que os estudos mostram que o óleo não chegaria à costa no caso de um vazamento.
A gerente geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da estatal, Daniele Lomba, disse que o Brasil precisa de novas áreas de exploração para garantir a segurança energética. Segundo ela, a empresa montou a maior estrutura de resposta a emergências.
A polêmica começou após o Ibama rejeitar um pedido da Petrobras para perfurar a região. A negativa gerou reações no mundo político e dentro do próprio governo.