As áreas verdes dentro das cidades vêm aumentando desde 1985, mas ainda elas ainda não compensam a perda no entorno.
As partes de vegetação urbana cresceram quase 5% (4,8%) ao ano até 2023, segundo o MapBiomas. Um ritmo maior, mais que o dobro, da expansão das áreas não vegetadas nesse período. São parques, praças e outras áreas verdes de grande extensão, inclusive privadas, como jardins e quintais. No ano passado, a vegetação no interior das cidades totalizou mais de 630 mil hectares.
A notícia é boa, mas não cobre as áreas naturais no entorno que são substituídas pela cidade. Desde 1985, foram pouco mais de 1 milhão de hectares perdidos.
A coordenadora da equipe Urbano do MapBiomas, Mayumi Hirye, diz que a vegetação é importante para regular o microclima da cidade.
“É perceptível. Se você está andando numa calçada, num dia de muito calor, você passa embaixo de uma árvore, você vai sentir imediatamente que está mais fresco. Não só por causa da sombra, mas porque também a árvore tem um processo de evapotranspiração e isso libera um pouco de umidade no ar”.
Mayumi cobra que os gestores façam a manutenção da vegetação.
“Para a população usar uma área de vegetação, voce precisa ter equipamentos públicos, como banheiros, trilhas… Não adianta só plantar árvores. É preciso tomar conta das árvores como gestor. Para que as árvores cresçam de forma adequada, não fiquem doentes e não ofereçam risco de queda”.
Os cinco estados com maior proporção de vegetação urbana são Acre, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão e Pará. Já as principais cinco capitais são Rio Branco (AC), Salvador (BA), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e São Luís (MA).