Operação já destruiu 16 dragas e 8 embarcações de garimpo ilegal no AM

A Polícia Federal e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizam operação para destruir equipamentos de garimpeiros ilegais que lançavam mercúrio nas águas e prendiam animais ameaçados de extinção na região do Alto Solimões, interior do Estado do Amazonas.

A operação, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, começou na semana passada e segue até o final do mês. Os agentes estão combatendo a mineração ilegal nos rios próximos ao município de Jutaí, cidade com 25 mil habitantes.

O principal objetivo é interromper as atividades criminosas, que vinham causando danos ao meio ambiente e afetando diretamente a vida das comunidades e povos tradicionais.

A ação dos garimpeiros degradou a calha do rio Jutaí e de seus afluentes, por causa do assoreamento e do lançamento de sedimentos e rejeitos contaminados por mercúrio. A substância tóxica é utilizada no processo de extração de ouro.

Até esta segunda-feira (28), foram inutilizados e apreendidos vários equipamentos, como 16 dragas, 4 mil litros de combustível, cinco rebocadores, duas embarcações regionais, seis voadeiras – que são embarcações a motor com casco de metal -, frascos de mercúrio, quatro motores de popa e duas redes de comunicação Starlink.

A polícia também recolheu documentos e registros para identificar os responsáveis.

Durante a operação, o ICMBio soltou espécies em extinção capturadas pelos garimpeiros:  duas tartarugas centenárias, quatro tracajás e um iaçá. Todas da mesma família, popularmente conhecidas como “tartarugas-de-água-doce”.

A operação conta também com apoio do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, que reúne esforços dos nove países onde está localizada a Floresta Amazônica.