De ostentação a “rainha dos links”
Com mais de 70 mil seguidores no Instagram, Talila Maya vem utilizando suas redes para ostentar supostos ganhos astronômicos em plataformas de apostas ilegais. Nas postagens, ela exibe notificações de depósitos via Pix que ultrapassam dezenas de milhares de reais, além de divulgar links como “tdt777.vip” e “7777.ai”, que direcionam seguidores a sites de jogos proibidos no Maranhão.
A jovem interrompeu suas publicações justamente no período em que Tainá Sousa foi presa pela SEIC, em julho. Poucos dias após a repercussão e quando a poeira baixou, voltou a exibir postagens relacionadas ao Tigrinho, atraindo usuários para seus links pessoais.
A estratégia digital
Assim como Tainá Sousa fazia antes da prisão, Talila aposta no poder da influência digital para conquistar novos jogadores. Stories com supostos “super ganhos”, notificações de depósitos bancários e vídeos chamativos de “mega vitórias” são utilizados para seduzir seguidores e induzir pessoas comuns a acreditar que podem enriquecer rapidamente com o jogo.
Na prática, esses links funcionam como códigos de afiliados: quanto mais usuários se cadastram e perdem dinheiro, mais a influenciadora ganha. O esquema é lucrativo para quem divulga, mas devastador para quem acredita na promessa fácil de enriquecimento.
Crime e combate no Maranhão
O Jogo do Tigrinho é ilegal no Brasil e tem sido alvo constante da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. A SEIC já prendeu influenciadores, apreendeu carros de luxo, bloqueou milhões em contas bancárias e segue investigando a rede de aliciadores digitais.
Ao se colocar como a nova “01 do Tigrinho”, Talila Maya não só dá continuidade ao esquema de captação de jogadores como também desafia diretamente as autoridades estaduais que combatem a prática.
Se antes Tainá Sousa era o rosto mais visível do Tigrinho na Ilha, agora o posto parece ter sido assumido por Talila Maya. O Blog Werbeth Saraiva seguirá atento: quantos mais irão se arriscar em troca de fama e dinheiro fácil, mesmo sob a mira da polícia?