A proteção do bioma amazônico em tempo real e a garantia de mais transparência nas ações de combate ao desmatamento estão sendo reforçadas por meio de uma nova ferramenta.
É o sistema do Deter, o Detecção de Desmatamento em Tempo Real do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que já faz o monitoramento em áreas de floresta ativa. Com a ampliação, os campos naturais e savanas passam a ser monitorados dentro do processo de vigilância.
Essas áreas não possuem cobertura florestal, portanto, não estavam incluídas na ação. O programa agora cobre todo o bioma amazônico. Os alertas de desmatamento serão diários, com utilização de imagens de satélite e identificação de mineração ilegal e queimadas.
A inteligência artificial é outro detalhe que vai contribuir nesta nova ferramenta. No Amazonas, o Instituto de Proteção Ambiental do Estado, que atua por meio do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas, acredita na eficácia da tecnologia para ampliar o combate ao desmatamento.
A coordenadora do centro, Priscila Carvalho, destacou a importância da colaboração entre os órgãos ambientais e de monitoramento.
“O IPAAM conseguirá ampliar o monitoramento em todo o estado, fazendo com que as nossas ações sejam cada vez mais eficientes na redução do desmatamento e na proteção da floresta em pé — sejam em áreas densamente florestadas ou com menos densidade de floresta. Então, esse é um passo e um avanço importante no monitoramento ambiental do estado do Amazonas”.
O Deter já cobre mais de 75% do território nacional com os alertas de monitoramento. A expansão para outros biomas, como a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pampa, está sendo estudada.