No início do segundo e último dia de negociações da pré-COP30, nesta terça (14), um grupo de indígenas realizou uma manifestação pelas urgências climáticas e pela participação dos povos tradicionais na Conferência do Clima.
A integrante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jéssica Satere-Mawé, veio de Manaus (AM) para Brasília para defender que a voz indígena seja ouvida em defesa de todas as formas de vida no planeta.
“Nós estamos reivindicando aqui a nossa luta, a nossa presença, principalmente nesse espaço de decisão e principalmente sobre a vida, a vida da floresta, a nossa vida enquanto ser humano. E eu não estou falando somente nossa vida enquanto indígenas, mas também a nossa vida como um todo. Então, esse manifesto é um aviso de emergência. Esperamos muito que isso seja alçado até essas autoridades que estão aí, principalmente as autoridades que estão nesse espaço de decisão, que é onde a gente precisa estar também, porque é onde as nossas vozes vão ser ainda mais ouvidas.”
Na segunda-feira (13), no primeiro dia de evento no Centro Internacional de Convenções do Brasil, foi apresentado o balanço de cada um dos chamados círculos da presidência da COP30, que são quatro: finanças, presidentes, povos e balanço ético global.
Também na segunda-feira, o secretário-executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Simon Stiell, destacou que é preciso responder de forma clara ao que os dados e a ciência mais recentes indicam sobre o progresso realizado e onde é necessário acelerar. Tudo isso com ações resultantes do multilateralismo, assunto debatido na pré-COP30 em Brasília.
O encerramento da pré-COP30 acontece nesta terça e, ao fim do dia, está prevista a presença do presidente Lula, que retorna da Itália.