Árvores frutíferas ameaçadas de extinção são encontradas em mata

Duas novas espécies de árvores frutíferas ameaçadas de extinção foram encontradas por pesquisadores em áreas preservadas de Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Elas ganharam os nomes: Eugenia delicata, ou uvaia-pitanga, e Eugenia superba, ou cereja-amarela-de-Niterói. Ambas pertencem ao gênero Eugenia, um dos mais diversos da flora brasileira.

As duas produzem frutos comestíveis – e, de acordo com os pesquisadores, saborosos -, e foram descobertas na região da Serra da Tiririca, localizada entre as cidades de Niterói e Maricá, na região metropolitana do estado.

Além disso, os pesquisadores do Instituto Jardim Botânico e de três universidades federais também localizaram espécimes em outros parques e florestas dentro dos mesmos municípios, mas em pouquíssima quantidade.

A cereja-amarela-de-Niterói foi categorizada como criticamente ameaçada, com apenas três exemplares catalogados. Já da uvaia-pitanga, foram encontrados seis, o que a coloca como em situação de emergência.

As duas árvores são geralmente encontradas em florestas secas e caracterizadas pelo seu grande porte.

A uvaia-pitanga é reconhecida pelo seu tronco marrom e com bastante fissuras, e sua copa com ramos longos. Já a cor do tronco da cereja-amarela-de-Niterói varia dependendo da estação do ano, podendo ficar avermelhado ou creme, lembrando as goiabeiras.

As descobertas são ainda mais importantes considerando o nível de devastação da Mata Atlântica, o bioma mais ameaçado do Brasil, que tem apenas 12% de sua área original.

 

*com supervisão de Tâmara Freire